Anatomicamente, a endocardite infeciosa caracteriza-se por uma combinação de vegetação e lesões destrutivas:
- Uma vegetação apresenta uma massa oscilante junto à estrutura valvular, com um movimento independente do da válvula, mas poderá também estar presente como uma massa não oscilante com localização atípica. O eco transtorácico tem uma sensibilidade de 75% no diagnóstico de vegetações, o qual pode aumentar para 85-90% se realizar uma ETE. No entanto, a sensibilidade da ETE é reduzida em válvulas protéticas e na endocardite infeciosa que afete dispositivos intracardíacos, tais como pacemakers.
- Tipicamente, um abcesso apresenta uma zona perivalvular de densidade de ressonância reduzida, sem fluxo de cor detetado no seu interior, e poderá ser dificultado pela presença de pseudoaneurisma e fístula (Figura XX9XX). A sensibilidade da ETE no diagnóstico do abcesso é de 90%, com um valor adicional alto quando é comparada com a eco transtorácica.
- Outras lesões destrutivas poderão incluir aneurisma, perfuração ou prolapso da válvula, bem como rutura da corda tendinosa ou, menos frequentemente, do músculo papilar. As principais consequências destas lesões são a regurgitação valvular grave e a insuficiência cardíaca. A ETE tem uma função importante na sua avaliação.