Pericardite
A pericardite crónica tardia poderá ser diagnosticada semanas ou mesmo anos após a radioterapia. Neste tipo, poderá observar-se espessamento fibrótico, adesão, constrição crónica e derrame pericárdico crónico. É observado em quase 20% dos doentes, nos 2 anos subsequentes à irradiação.
Pode observar-se pericardite constritiva em 4–20% dos doentes e parece estar dependente da dose de radiação e relacionada com a presença de derrames pericárdicos na fase aguda tardia.
Cardiomiopatia
Fibrose do miocárdio difusa (frequentemente após uma dose de radiação >30 Gy) com disfunção sistólica e diastólica relevante, alterações de condução e disfunção autonómica.
A cardiomiopatia restritiva representa uma fase avançada da lesão miocárdica devido à fibrose com disfunção diastólica grave e sinais e sintomas de insuficiência cardíaca.
Doença valvular
Doença arterial coronária (DAC)
Doença arterial carotídea: As lesões provocadas pela radioterapia são mais extensivas e envolvem segmentos maiores e áreas atípicas dos segmentos carotídeos. A estimativa de incidência (incluindo a estenose arterial da subclávia) é de cerca de 7,4% no linfoma de Hodgkin.
Outras doenças vasculares: Calcificação da aorta descendente e do arco aórtico (aorta de porcelana). Observaramse lesões de outros segmentos vasculares dentro do campo de radiação.